A intenção do Estado de São Paulo de implementar um sistema único de bilhetagem e arrecadação nos transportes públicos coletivos na Região Metropolitana de São Paulo já vem de longa data, mais precisamente do ano de 1998, com a iniciativa do denominado METROPASS, integrando o transporte público metropolitano sobre trilhos e pneus.

 

No decorrer dos anos outros estudos e tentativas foram implementadas, como a delegação separada do sistema de bilhetagem, de forma segregada da delegação dos serviços de transporte, porém a alternativa não demonstrou ser perene e definitiva, dada a necessidade de transição a cada término dos contratos, com as mesmas dificuldades que se encontrava no modelo até então existentes. 

 

A existência de convênios entre os diferentes sistemas de transportes ou modelos consorciais traziam impactos e fragilidades ao transporte público coletivo de passageiros metropolitano diante das limitações tecnológicas, inexistência de interoperabilidade, insuficiência de informações ao Poder Público - mais precisamente, a dificuldade de consolidação destas informações - além da impossibilidade de uma gestão e fiscalização integrada caso os sistemas municipais aderissem ao formatos, exigindo a redução de poderes dos entes municipais aderentes.

 

Após a tentativa de centralização da bilhetagem e arrecadação em 2017, igualmente frustrado como as tentatias anteriores, estudos acerca da viabilidade de constituição de uma associação civil sem fins lucrativos, inspirados em uma experiência inovadora relatada pelo setor elétrico, a qual seria encarregada de assumir o serviço de bilhetagem e arrecadação, garantindo modernidade e eficácia ao sistema começaram a ser realizados e um Grupo de Trabalho criado pelo Governo do Estado de São Paulo passou a analisar a viabilidade da aplicação desse modelo, 

 

A concretização destes estudos criou o ambiente propício para a formação da ABASP e unificação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica e Arrecadação.